domingo, 3 de junho de 2007

Então...

Eu tinha jurado pra mim mesma que esse blog, apesar de ser escrito por duas meninas, nunca ia ser um blog "mulheres alteradas". A intenção disso era mostrar que mulheres não reduzem seu universo a homens e tmp. Eu e a Renira, por exemplo, gastamos a maior parte do nosso tempo falando de musica, amigos...er...
Tá, a gente gasta muita parte do nosso tempo falando de assunto calcinha, também.
Enfim, eu não queria deixar esse blog virar um blog "mulher alterada" pq tá todo mundo de saco cheio disso.
Mas vamos e venhamos...
Se os homens dessem uma colher de chá as mulheres não passavam tanto tempo conjecturando a respeito dos "mas", e dos "se", e dos "poréns" de cada frase que eles falam.
Então, aqui temos os dois lados da moeda. A Renata é uma mulher do sec. XXI com um namoro firme. Eu sou a mulher do sec. XXI solteira.
Qual das duas arranca mais os cabelos?
Taí uma boa pergunta!
Eu só posso falar de mim, por enquanto. E de mim eu falo que ainda bem que mulher não fica careca naturalmente.
Céus...
Eu não sei o q é ser solteira no Rio de Janeiro, em Salvador (pelo que dizem deve ser o máximo) mas aqui em Fortaleza ser solteira é viver em crise existencial.
Pq?
Imagine-se na seguinte situação: Você, mulher, com 22 anos de idade. Imagina ainda você, mulher, com 22 anos de idade e percebendo que você é tudo que você sempre quis ser quando era pirralha.
Você é feliz. Sim, você é! Você tem milhões de amigos, se dá bem nos estudos, sai pra diversos cantos interressantes, conhece gente maneira, as pessoas no seu trabalho te admiram.
Entretanto...
Entretanto, o que você achou que sempre seria o seu ideal de vida vem com uma lacuna, um espaço em branco o qual você nem dá muita importância, mas que é a 1a coisa que todo mundo repara nos assuntos da sua vida: você não tem namorado.
Toda vida que você encontra com sua vó, a coroa pergunta: e os namorados, minha filha?
"tou solteira vó"
E ela sai com aquela cara de que vai rezar um terço e pedir a deus que você não seja lésbica.
Tá, eu admito que lá pelos meus 18 anos de idade eu era exigente ao ponto de contar nos dedos de uma mão só os caras com quem eu já tinha me envolvido sentimentalmente. Uma mão é exagero. Não dava nem uma mão toda.
Mas aí a vida vai te ensinando que as pessoas têm suas chatices, vc também tem as suas e ai você vira uma pessoa mais flexível.
Virei mesmo.
Mas mesmo com toda flexibilidade do mundo ainda dá pra entrar em crise quando os homens da sua cidade acham que o fato de você ter muitos amigos significa que você é atirada; que se você se dá bem no estudo é empecilho ao relacionamento uma vez que você não pode ser a mente brilhante do relacionamento; que se você sai muito quer dizer que você não sabe se comprometer e que se as pessoas te admiram no trabalho quer dizer que você sai dando mole pra macharada do seu escritório.
Ai cabou.
Minha tia me disse uma vez uma frase que ficou na minha cabeça por dias. "Minha filha, se você que arrumar um namorado c tem q fingir que você é burra."
Qual é! Nem levei a sério mas depois resolvi fazer o teste.
Fiquei com um carinha e me fingi de burra. Daquelas que você rir envergonhada de ser mulher quando encontra uma por perto.
Pior que a tia tava certa.
Os homens se desarmam pra mulheres burras.
Desencanei do carinha fácil. Também não quero ficar com um cara que curta mulher burra.
Ouxi...
Que alívio! Ainda bem que escrevi esse texto mulher alterada.
Acabei de cair na real que talvez seja melhor mesmo ser solteira.
Cada um q me aparece...tsc, tsc.

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